segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O alquimista


Acorda tarde como faz toda manhã
Toma seu café como faz todo dia
Lembra do que torna sua mente pagã
E pinga no café cinco gotas de melancolia

Pra onde vai, alquimista?
Por que sempre te perco te vista?
Foi explorar o colorido do arco-íris?

Nem sua alma, impenetrável e dura
Dura para sempre, alquimista
Por que sempre te perco te vista?

Já de tarde se fecha em seu laboratório
Por onde passam lembranças de infância
Por onde rodam dúvidas da adolescência
Onde as certeza têm um ar contraditório

Quando a noite chega em seu laboratório, ainda fechado
Ele percebe que ele mesmo é a chave para o cadeado
Coloca amor e solidão em um tubo de ensaio
E ensaia mais uma fria manhã de maio

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