domingo, 28 de abril de 2013
Início do fim
Se meu canto não suporta
A dor do não saber o que dói
E a cor não comporta
O tom do ácido que me corrói
Oh! Pelos céus!
Que me venha um lampejo de certeza
Oh! Pelos véus!
Que não me cubram com a toalha da mesa
Que me tragam o vinho
Suave como as manhãs frias
E que me deixem sozinho
A lamentar pelos últimos dias
Não trarei a ti, ó amada
O resmungo dos meus pesares
Não quero ver-te amargurada
Com a doçura dos meus males
Não trarei a ti
Mais nada que te incomode
Nem meus versos de jade
Nem minhas estrofes de rubi
Valorizarei a arte como pedras da fonte
Amarei agora, apenas minha poesia
Onde toda vida é dia
Mas todo dia é noite
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