segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sobre a necessidade da informação

Você pode traduzir a tirinha, você sabe onde fica o Google Tradutor 


Fico cada dia mais impressionado com a facilidade de acesso a informação que nós temos hoje em dia. Hoje todo mundo sabe cozinhar, é só olhar no Google. Todo mundo sabe (ou pelo menos devia saber) o que acontece no mundo, mas até em que ponto isso é bom?
Achei muito engraçado quando meu pai me chamou para ir ao show do Robert Plant (vocês sabem quem é, vocês têm google), ele veio meio receoso, sem saber se devia falar ou não, até que finalmente veio um "mas ele não morreu?" e depois de uns dias perguntou se ele não era o guitarrista do Zeppelin.
Fiquei realmente indignado com aquilo, mas depois ele me explicou que naquela época os vinis, que já eram caros, só vinham com o nome da banda, raramente falava dos integrantes, então só quem era realmente fã conhecia mais ou menos a banda. Era uma época em que escutar música era mais legal do que ler música, digo o mesmo para conversas. Eu, com minhas 350 pastas de bandas diferentes com os mil e poucos nomes de integrantes, produtores e etc... me sinto sempre com vontade de saber mais, porque quem não faz isso, não consegue interagir socialmente e é chamado de limitado pelo simples fato de escutar a música sem se importar quem é a vizinha da tia da sobrinha da irmã do empresário do cantor.
Mas isso não se restringe só a um assunto, falei de música porque é o meio em que eu sinto prazer por estudar. Cada pessoa tem sua área específica.
A internet molda a cabeça de cada um, a sociedade se fecha cada um em volta do seu próprio muro, e fica mandando mensagens de fumaça pro vizinho ao invés de pular o muro e ir trocar meia dúzia de palavras. Sinto falta de aprender coisas com as pessoas que converso, e não falar "hahaha, já vi isso" enquanto na minha cabeça fica um "já ri disso, não dá pra rir de novo".
Tem noção de o que é pensar diariamente sair de um lugar e não ter coragem? Sempre questionei muito a humanidade, mas agora sinto saudade de quando ainda não éramos robôs.
 E deixo aqui a promessa de que eu ainda vou largar desse meio infinito de informações que eu filtro sem perceber e vou passar a batalhar por elas. Não hoje; aqui dentro do meu muro ainda é quentinho

Túlio Mattos

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