Há tempos existe uma discussão na minha casa sobre meus gostos, meu jeito de me vestir, meu comportamento e toda aquela baboseira sobre minha personalidade que não vai ser mudada por palavras de gente com cabeça nos anos 50.
Parei hoje pra ver fotos de uma prima minha (sim, é isso o que se faz nas redes sociais hoje, vê fotos alheias, julga as pessoas pelo que escrevem e mesmo sabendo disso, eu não me considero pronto pra sair disso ainda) e vi que ela me parecia só mais uma num meio de milhões de pessoas iguais, então me perguntei, qual a graça disso?Ah sim... se você fizer isso vai aparecer um número maior de pessoas interessadas em você, mas são pessoas que podem ser escolhidas aleatoriamente, fechando o olho, rodando e apontando pra um lado qualquer, a maioria das pessoas que eu tive a chance de conhecer são exatamente iguais, bebem o quanto puderem pra no outro dia postar "fiquei muito louco ontem". Aliás... não têm nem a decência de escrever assim, então, reformulando a frase fica "fikei mto loco ontem, pqp". As preferências musicais são as mesmas, as cores e chapinhas nos cabelos são as mesmas, a bebida favorita é a mesma, os comentários sobre a novela das 9 são os mesmos, os tópicos de conversa são os mesmos
Outra coisa engraçada que notei é que as festas hoje obrigam, um termo que hoje não deveria mais ser usado, as pessoas a usarem a mesma roupa. Ou seja, temos as mesmas cabeças, enfiadas num mesmo punhado de pano, fazendo exatamente as mesmas coisas com um punhado de silicone a mais ou algumas correntes de prata, diferença essa que não dura muito tempo, pois assim que juntam dinheiro suficiente eles imitam uns aos outros até nesse ponto.
Deixo aqui minha explicação sobre o fenômeno de pessoas terminarem namoros, supostas relações sérias, em um dia e arranjarem outro namorado na semana seguinte. Não tem o que escolher ou exigir, não tem um diferencial, não tem um motivo para passar um minuto sozinho, e se isso for considerado um bom motivo para eu mudar e tentar ser como a massa, eu prefiro ignorar essa sociedade carente, não encontro palavra melhor do que essa para descrever o que é a população do planeta de hoje.
Beijos pessoas que tentam me mudar (sim, homem também pode mandar beijo, quem diria hein?)
Túlio Mattos
Esqueceu de mencionar o seguinte, não ter diferencial é o "diferencial". Diferentes sobram, não são aceitos.
ResponderExcluirBom texto e penso que pode aprofundar mais ainda a ideia central dele em outros do gênero.
Abraço. Pois não gosto de mandar beijos...