quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Procura-se



De onde eu vim e pra onde eu vou?
Será que eu sou assim ou será que nem sou?
Que medo constante do desconhecido
Medo de ser tão útil quanto um soldado ferido

No princípio era o verbo
No final sobrou um "por que?"
No buraco o inferno
E no céu, fica o que?

_De onde surgiu a massa que explodiu?
_Foi tudo criado por Deus
_E quem criou Deus?
_Ah... foram uns amigos meus

Dizem para morrer ainda é cedo
Por isso cedo meu medo
Medo de ser do castiçal o pavio
Medo de ser como esse jogo-de-palavras, forçado e vazio

E se meus sonhos são só sonhos de um personagem que é sonhado?
E se a métrica, a rima, o verso, tudo saiu errado?
Não vai ter problema já que nada disso é real
Nem as críticas da realeza irreal vão me deixar mal

Deixo aqui um boa-noite sem maldade
Pra você e pra todo aquele que acha que é de verdade

_Alguém viu por aí uma sanidade?


Túlio Mattos

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