domingo, 2 de dezembro de 2012
Uma dose de poesia sem gelo, por favor!
Sempre dou voltas em palavras redondas
Procuro explorar cada face que o círculo não tem
Transformo corpos sólidos em ondas
Procuro ajuda não sei com quem
Devolvam meus olhos de poeta!
Sinto falta de ver o mundo colorido
Afastem de mim a palavra concreta
Gosto daquelas que cortam o cordão do meu umbigo
Fracos são aqueles que precisam de ajuda para ver o brilho do Sol
Que não conseguem apreciar a simplicidade majestosa do arrebol
Malditas sejam as drogas que forçam a loucura
Que tiram a naturalidade da sensação mais comum e pura
E então chega o fim de tarde
O momento em que o brilho de Tupã já não arde
Em que a loucura me abandona e eu desisto
Eu já não sei mais se eu vivo ou simplesmente existo
Túlio Mattos
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